Sessão de Relato de Caso


Código: RC048

Área Técnica: Geral

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Clinica de olhos do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte

AUTORES

  • LETICIA MOREIRA BERNARDINO (Interesse Comercial:NÃO)
  • Luis Felipe da Silva Alves Carneiro (Interesse Comercial:NÃO)
  • Janaina Andrade Guimarães Rocha (Interesse Comercial:NÃO)

Título

Oclusão de artéria central da retina secundária a aortite sifilítica

Objetivo

Relatar um caso de oclusão de artéria central da retina (OACR) como manifestação tardia da sífilis.

Relato do Caso

Paciente masculino, 59a, sem comorbidades conhecidas, relata baixa da acuidade visual súbita e indolor em olho esquerdo (OE) há 48h. Procurou o serviço da Santa Casa de Belo Horizonte. Ao exame apresentava acuidade visual corrigida de 20/20 em olho direito (OD) e percepção luminosa a esquerda. Presença de defeito pupilar aferente relativo à esquerda configurando pupila de Marcos Gunn. A biomicroscopia era inocente e tonometria de 17mmHg bilateralmente. A fundoscopia do OD havia discretas alterações do EPR inespecíficas. No OE edema difuso das camadas internas da retina e oclusão da artéria central da retina, com mácula em cereja. A fluoresceínografia confirmou um tempo braço retina prolongado à esquerda e defeito extenso de enchimento arterial. Na vigência do quadro foi solicitada propedêutica completa para trombofilias, ecodoppler de carótidas, ecocardiograma e sorologia para sífilis. O ecograma mostrou obstrução da carótida interna bilateralmente inferior a 50%. O ecocardiograma mostrou insuficiência aórtica moderada associada a dilatação aneurismática da raiz da aorta e aorta ascendente. E a sorologia para sífilis confirmou a etiologia da aortite. O paciente foi internado e tratado com ceftriaxona por 14 dias devido a indisponibilidade de penicilina cristalina.

Conclusão

A OACR é um quadro dramático que apresenta prognóstico visual desfavorável porque raramente o paciente consegue acesso ao serviço especializado dentro de 120 minutos do início do quadro. Entretanto, a etiologia é bastante variada incluindo doenças reumatológicas, hematológicas e infecciosas. É importante o oftalmologista estar familiarizado com essas doenças sistêmicas, visto que muitas vezes elas são tratáveis e diminuem drasticamente a morbimortalidade dos paciente aumentando a sua qualidade de vida.


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