Código: RC057

Área Técnica: Miscellaneous

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

AUTORES

• HENRIQUE MACIEL VIEIRA DE MORAES (Interesse Comercial:NÃO)
• Vinicius Vanzan Oliveira Pimentel (Interesse Comercial:NÃO)
• Mailli Marotta Fazolato (Interesse Comercial:NÃO)

Título

LOIASE: PRIMEIRO CASO RELATADO NO RIO DE JANEIRO

Objetivo

Relatar pela primeira vez um caso de Loíase, com manifestação oftalmológica, ocorrido no Rio de Janeiro.

Relato do Caso

Paciente, 24 anos, morador do Rio de Janeiro há 1 ano, procedente do Congo, vem ao ambulatório de oftalmologia do HUCFF com queixa de “ algo andando no olho direito há 3 semanas”. Nega outras queixas. À biomicroscopia notava-se hiperemia conjuntival e presença de verme neomatodeo se movimentando em região subconjuntival. Na elucidação do caso foi realizado hemograma o qual evidenciou eosinofilia. Foi feita a remoção cirúrgica do parasita (figura 1) e encaminhado o material ao serviço de parasitologia do HUCFF cujo resultado foi a identificação de um nematódeo do gênero Loa. Além disso, foi realizado teste da gota espessa às 12:00h (periodo de maior circulação das microfilárias). Tratamento foi a retirada cirúrgica do verme e administração de albendazol 400mg \dia por 10 dias associado a ivermectina 12mg em dose única.

Conclusão

Loíase é um filariose causada pelo parasita Loa Loa, encontrado nas florestas tropicais da Africa equatorial, transmitida pelo mosquito chysops. Sua presença em outros paises provem de imigrantes e viajantes. Este é o primeiro relato da doença no Rio de Janeiro e o segundo no Brasil. O crescente fluxo de africanos para o Brasil torna necessária a discussão de doenças endêmicas como a Loíase.