Código: RC006

Área Técnica: Cirurgia

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: Hospital Oftalmológico de Sorocaba

AUTORES

• NATALIA SALIBA BRAGA ABUJAMRA (Interesse Comercial:NÃO)
• VANESSA VIEIRA CORDEIRO STORTI (Interesse Comercial:NÃO)
• ARNALDO FURMAN BORDON (Interesse Comercial:NÃO)

Título

RECOBRIMENTO DE BUCKLE ESCLERAL EXPOSTO COM PATCH LAMELAR DE CORNEA: RELATO DE DOIS CASOS

Objetivo

O objetivo do presente trabalho é relatar a descrição de nova técnica cirúrgica para tentativa de resolução dos casos de exposição de pneu e/ou faixa de silicone utilizado na retinopexia com introflexão escleral. Tal técnica seria uma alternativa ao recobrimento conjuntival, remoção da faixa ou uso crônico de antibióticos.

Relato do Caso

Pacientes submetidos a cirurgia de retinopexia com introflexão escleral, apresentaram, meses após a cirurgia, queixa de hiperemia ocular e sensação de corpo estranho sem secreção ou outro sinal de infecção. Ambos apresentavam exposição do buckle em quadrante temporal superior. Paciente 1: Mulher, 65 anos, com exposição após 16 meses de cirurgia e área medindo 7x6 mm. Paciente 2: Homem, 36 anos, com exposição após 10 meses de cirurgia e área medindo 4x5 mm. Os pacientes foram submetidos ao recobrimento do segmento exposto com patch lamelar de córnea confeccionado em câmara artificial com a espessura escolhida alcançada através do bisturi de diamante. Inicialmente a extensão da área exposta é medida para a marcação do tamanho do patch corneano. Marca-se a área do patch um pouco maior que a área exposta; o corte das bordas é realizado com o bisturi de diamante e o patch é delaminado com uma lâmina crescente. Posiciona-se o patch no local da exposição e realiza-se a sutura simples com nylon 10.0, “abotoando” as bordas do patch sob a conjuntiva.

Conclusão

Até o presente momento as alternativas mais comuns para a exposição de buckle escleral são o recobrimento conjuntival, o uso continuo de colírios antibióticos, a remoção do segmento exposto ou até mesmo de todo o pneu de silicone. Encontramos relatos na literatura de recobrimento com conjuntiva e fascia retroauricular, porém nenhum semelhante à técnica exposta. O aprimoramento da técnica é necessário para documentação da evolução, definição de casos elegíveis, e avaliação da real viabilidade de aplicação da técnica descrita.