Sessão de Relato de Caso


Código: RC093

Área Técnica: Oncologia

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Instituto Penido Burnier

AUTORES

  • ANA CAROLINA PINTO MOREIRA DE MELLO PORTO (Interesse Comercial:NÃO)
  • Marcio Augusto Nogueira Costa (Interesse Comercial:NÃO)

Título

METASTASE COROIDEANA BILATERAL EM PACIENTE JOVEM

Objetivo

Esse relato tem como objetivo descrever e ilustrar um caso de metástase de coróide bilateral

Relato do Caso

D.C, sexo feminino 35 anos, caucasiana, natural e procedente de Campinas, procurou o serviço de oftalmologia do Instituto Penido Burnier com queixa de mancha preta em OE há 6 dias. Antecedentes pessoais: CA de mama diagnosticado há 5 anos com metástase óssea descoberta há 3 meses. Em uso de quimioterápicos sistêmicos. Antecedentes oftalmológicos: ndn Ao exame oftalmológico ODV: 20/30 (c/c) OEV: 20/50 ( c/c) Biomicroscopia AO: Palpebras e cilios sem alterações, conjuntiva clara, córnea transparente, íris trafica e cristalino sem alterações. Tonometria AO: 14mmhg Fundoscopia: OD :Lesão plana, amelanótica com margens indefinidas em arcada temporal inferior com descolamentoseroso da retina, sem acometimento macular. Fundoscopia OE: Lesão plana, amelanótica, com margens indefinidas em polo posterior, com descolamento seroso da retina. USG OD: Diâmetro axial normal, irregularidade de parede no meridiano das 10h USG OE: Diâmetro axial normal, lesão sobre elevada de parede em área macular, com espessura de 2,3mm , refletividade alta e estrutura interna irregular, compatível com metástase de coróide e descolamento de retina perilesional. OCT OD: Presença de líquido subretiniano em área temporal a mácula, sugestivo de descolamento seroso da retina. Espessura macular de 246 micra. OCT OE: Presença de líquido subretiniano em área macular, sugestivo de descolamento seroso da retina. Espessura central de 1088 micra. Foi realizada a hipótese diagnóstica de metástase de coróide em ambos os olhos por origem mamária e optado, junto a equipe de oncologia clínica, manter a quimioterapia sistêmica para o tratamento das lesões oculares.

Conclusão

Apesar de um número significativo de paciente com neoplasias extraoculares evoluirem para metástase ocular, muitos casos não são diagnosticados por conta das possíveis apresentações assintomáticas e boa acuidade visual. Portanto, torna-se imprescindível a atenção do oftalmologista quanto a estes casos.


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