Sessão de Relato de Caso


Código: RC026

Área Técnica: Doenças Sistêmicas

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

AUTORES

  • JORDANE BENEDITO VARGAS DE OLIVEIRA (Interesse Comercial:NÃO)
  • Mário Antônio Gherard Pinto Junior (Interesse Comercial:NÃO)
  • Márcia Gotelip Delgado (Interesse Comercial:NÃO)

Título

Criptococose disseminada com manifestação ocular

Objetivo

Relatar um caso de criptococose disseminada oportunista com manifestação ocular. Mostrar a importância do exame clínico e neurológico rigoroso, além da obrigatoriedade do exame de fundo de olho precocemente para manejo adequado e diminuição das complicações.

Relato do Caso

RKLM, masculino, 37anos, portador de doença renal crônica, submetido a transplante renal em 2009 e em uso de imunossupressor desde então. Em janeiro de 2015 apresentou baixa acuidade visual em ambos os olhos, com acuidade visual corrigida de conta dedos a 2 metros em olho direito e 20/50 no olho esquerdo. A Tomografia de coerência óptica revelou descolamento de retina seroso foveal em olho direito e periofoveal inferior em olho esquerdo. Nessa época apresentou pneumonia, derrame pleural e nódulo lobo superior de pulmão direito. Realizada biópsia de pleura que evidenciou criptococose. Também foi encontrado criptococo à punção lombar. Realizado tratamento específico com resolução das lesões pulmonares, negativação micológica no liquor e melhora da acuidade visual no olho esquerdo. No olho direito houve pequena recuperação anatômico-funcional da retina pós tratamento.

Conclusão

Criptococose é uma micose de natureza sistêmica de porta de entrada inalatória causada por fungos do complexo Cryptococcus neoformans. A micose abrange duas entidades: oportunista e primária. O paciente apresentou criptococose oportunista, com manifestação pulmonar inicial. Em todo paciente com envolvimento pulmonar por Cryptococcus é obrigatória a investigação de doença disseminada e envolvimento do sistema nervoso central, sendo imperativa a realização do fundo de olho. A infecção fúngica, na quase totalidade dos casos, envolve o segmento posterior do olho. No caso relatado, a avaliação fundoscópica foi retardada. Portanto, no manejo inicial do paciente com suspeita de neurocriptococose, é mandatório o exame fundoscópico precoce, com avaliação criteriosa, para tratamento adequado e minimização de complicações oculares.


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