Código: RC180

Área Técnica: Retina

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: Instituto Suel Abujamra

AUTORES

• LEANDRO POCAY ALVES DA SILVA (Interesse Comercial:NÃO)
• LUÍSA SALLES DE MOURA MENDONÇA (Interesse Comercial:NÃO)
• LEOPOLDO ERNESTO OITICICA BARBOSA (Interesse Comercial:NÃO)

Título

TELANGIECTASIA MACULAR TIPO 2 COM MEMBRANA NEOVASCULAR SUBRETINIANA – RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso com diagnóstico de Telangiectasia Macular tipo 2 – “MAC TEL”,com ênfase no resultado do tratamento com injeções intra-vítreas de anti-VEGF em ambos os olhos

Relato do Caso

Paciente sexo feminino,55 anos,diabética e hipertensa com BAV recente AV C/C OD:20/200,OE: 20/40;PIO:22/20.BMAO:sem alterações.FOOD:hemorragia retiniana macular,com espessamento adjacente,perda da transparência da retina em região temporal à fóvea e ingurgitamento de vasos perifoveias,retina aplicada.OE:ingurgitamento de vasos perifoveais,espessamento macular e perda da transparência da retina em região temporal à fóvea, retina aplicada.OCT OD: espaços cistóides e cavitações intra-retinianas temporal à fóvea,descolamentos neurossensoriais e descontinuidade da linha elipsóide em região foveal,borramento do EPR em região de possível MNVSR.OE: cavitação e descolamento neurossensorial em região foveal,com disrupção da linha elipsóide.À AFG AO:extravasamento de contraste em capilares perifoveais incompetentes,e,apenas em OD,pequena região de hiperfluorescência compatível com MNVSR.Conduta:injeções mensais de anti-VEGF AO.Após 3 doses em cada olho,AV C/C OD 20/50 e OE 20/40,com redução importante da hemorragia em OD e mantendo aspecto do FO em OE. OCT:desaparecimento do líquido subretiniano,mantendo cavitação em região foveal,interrupção da camada elipsóide e desorganização de camadas externas.Foi optado por interrupção do tratamento com injeções intra-vítreas e manutenção de tratamento clínico

Conclusão

MAC TEL é uma vasculopatia perifoveal bilateral,que ocorre em ambos os sexos,acima de 50 anos.Apresenta perda da transparência da retina,pequenos vasos telangiectásicos,extravasamento na AGF e aparência cística na fóvea.Apesar da injeção anti-VEGF ser umas das opções de tratamento,estudos mostram que só é efetiva para melhora da AV em casos com MNVSR associada,enquanto que na forma não-neovascular o tratamento com anti-VEGF leva à redução da espessura da retina na OCT e redução do extravasamento na AFG,sem se traduzir em melhora na AV como ocorreu no caso descrito