Código: P61

Área Técnica: Órbita

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: OCULARE

AUTORES

• THAISA DE BARROS COSTA LOUREIRO (Interesse Comercial:NÃO)
• MAYRA NEVES DE MELO CARNEIRO (Interesse Comercial:NÃO)
• ANA LINDAURA CALLOU AUGUSTO (Interesse Comercial:NÃO)
• JESSYCA THAMIRES VIANA DE MELO (Interesse Comercial:NÃO)
• PATRICK CEZAR DE MEDEIROS AMORIM (Interesse Comercial:NÃO)
• MAIRA LIMA ACIOLI (Interesse Comercial:NÃO)
• LAWRENCE RAIZAMA GONÇALVES COSTA (Interesse Comercial:NÃO)
• PEDRO BARRETO DANTAS (Interesse Comercial:NÃO)
• DIOGO VITAL VALENÇA (Interesse Comercial:NÃO)
• GUSTAVO ANACLETO LOURENÇO COÊLHO (Interesse Comercial:NÃO)

Título

ENUCLEAÇAO E EVISCERAÇAO OCULAR

Objetivo

Analisar a distribuição demográfica e temporal dos procedimentos enucleação e evisceração realizados no Brasil, nos últimos anos.

Método

Trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, epidemiológico e quantitativo. Levantou-se os procedimentos cirúrgicos oftalmológicos enucleação e evisceração, realizados no Brasil, entre 2008 a 2015, de acordo com a região.

Resultado

No período analisado houveram 13792 cirurgias enucleação/evisceração, sendo observada uma linearidade nos anos estudados, com mediana de 1724 procedimentos/ano, variando de 1793 cirurgias no ano de maior ocorrência, 2011, a 1605 casos em 2015. Em relação às regiões brasileiras, a Sudeste se destaca por ser responsável por 43,8% dos procedimentos, englobando 6051 enucleações/eviscerações, à frente de Nordeste com 4587 casos (33%), Sul com 1747 casos (12,6%), Centro-Oeste com 769 (5,5%) e por fim a região Norte com 638 (4,6%).

Conclusão

Eviscerações e enucleações são procedimentos invasivos, geralmente, indicados em traumas oculares graves, infecções e tumores intraoculares, como melanoma de coroide e retinoblastoma1,2,3. A evisceração do globo ocular consiste na remoção do conteúdo intraocular, preservando córnea e esclera4,5 e, na enucleação é removido todo o globo ocular4,5. São medidas drásticas, que levam, além do prejuízo funcional e fisiológico ao paciente, uma pujante mudança na vida deste indivíduo, por alterar sua estética facial. No entanto, medidas estéticas podem amenizar o dano2. Estudos quantitativos são escassos no País, mas o levantamento destes procedimentos podem servir para direcionamento de medidas que visem a redução destas cirurgias invasivas, por meio de diagnósticos mais precoces, treinamento médico mais aprimorado e exames laboratoriais mais sofisticados.