Código: RC019
Área Técnica: Córnea
EXCIMER LASER NA DISTROFIA DE REIS BUCKLERS
Descrever duas formas de utilização do excimer laser no tratamento da Distrofia Cornena de Reis Bucklers
Paciente masculino, 34 anos, com episódios de olhos vermelhos desde a infância e baixa de acuidade visual (AV) progressiva. Ao exame observado opacidades corneanas subepiteliais difusas centrais em ambos os olhos (AO), tendo sido diagnosticado Distrofia de Reis Bucklers. Apresentava AV sem correção (s/c) de 20/60 em OD e 20/100p em OE; refração de +1,75DE -1,75DC x 105o em OD (20/60) e +1,00DE -2,25DC x 85o em OE (20/60), sem melhora ao teste de lente de contato rígida, sugerindo a opacidade como principal fator causal da baixa AV. Padrão topográfico discretamente irregular com concordância entre o cilindro topográfico e refracional em OE. A espessura central da córnea era de 635µm em OD e 622µm em OE. Indicado tratamento do erro refracional pela técnica de ceratectomia fotorrefrativa em OE (módulo transPRK com Excimer Laser Amaris) já que apresentava melhora da AV com a refração. Após 6 meses, realizado uma ceratectomia fototerapêutica (transPTK) de 100µm em OD. Paciente evoluiu com melhora da AV s/c (OD: 20/40 e OE 20/30) durante os primeiros 12 meses em OE e 6 meses em OD, e refração. Retornou porém com queixa de fotofobia e redução da AV em AO (OD 20/100; OE: 20/60), melhorando com correção apenas em OD. Observado piora das opacidades à biomicroscopia, principalmente em OE, não respondendo ao uso de corticoide tópico, introduzido como prova terapêutica para o diagnóstico diferencial com haze pós-PTK/PRK. Confirmada recidiva da distrofia bilateralmente, estando no momento em avaliação para possível FALK em OE.
O excimer laser transepitelial, associado ou não à correção do erro refracional, pode oferecer bons resultados no tratamento da Distrofia de Reis Bucklers, porém a recidiva ainda é um fator limitante a médio prazo.