Sessão de Relato de Caso


Código: RC064

Área Técnica: Neuroftalmologia

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte

AUTORES

  • FERNANDA LYON FREIRE (Interesse Comercial:NÃO)
  • ANA CAROLINA CANEDO (Interesse Comercial:NÃO)
  • LUIS FELIPE DA SILVA CARNEIRO (Interesse Comercial:NÃO)

Título

EDEMA DE DISCO OPTICO: NEUROSSIFILIS OU DRUSA DE DISCO?

Objetivo

discutir o diagnóstico de edema de papila unilateral.

Relato do Caso

C.G.S. 60 anos, sexo F, portadora de glaucoma apresentou edema de disco unilateral a/e, quando foi encaminhada para o serviço de urgência da Clínica de Olhos para propedêutica. Ao exame: AVcc OD 20/20, OE 20/40, pseudofácica AO, ED subtotal OD e edema de disco grau III OE. Solicitado sorologias para sífilis: VDRL negativo, FTAABS positivo, sem tratamento prévio. Optado por internação hospitalar. TCC sem alterações, VDRL e FTAABS liquóricos negativos. Iniciado tratamento alternativo para neurossífilis com ceftriaxone (Penicilina G indisponível), evoluiu com melhora da AV (OD 20/20, OE 20/30) e regressão parcial do edema de disco a esquerda. Recebeu alta hospitalar. Acompanhamento ambulatorial manteve edema grau I-II. Realizado Eco B, demonstrando drusa de disco OE. Atualmente mantém acompanhamento no departamento de glaucoma.

Conclusão

A papilite ocorre no estágio secundário da sífilis e é mais frequentemente bilateral. O glaucoma avançado e a pequena quantidade de fibras nervosas em OD podem contribuir para a ausência de edema de disco a direita. Na suspeita de sífilis secundária, testes não treponêmicos, apresentam sensibilidade próxima de 100%, resultados não reagentes praticamente excluem a doença. Os testes treponêmicos são importantes para a confirmação diagnóstica. No caso relatado, o VDRL negativo poderia indicar equívoco diagnóstico, no entanto, o FTAABS positivo e a ausência de tratamento prévio, bem como a regressão parcial do edema após o tratamento sugerem a necessidade do tratamento. A regressão do edema de disco pode ser lenta, mas a sua manutenção após meses foi motivo de suspeição. As anomalias congênitas de disco óptico como hipoplasia, drusas, papila inclinada e displasias papilares podem ser confundidas com neurite ótica. O caso relatado sugere que o edema de disco ótico desta paciente é decorrente tanto de uma infecção pelo Treponema pallidum como também pela drusa de disco óptico. A detecção da drusa de disco é importante para o seguimento da paciente.


Realização

Realização - CBO

Transportadora Oficial

Shuttle

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

Cota Diamante

Alcon

Cota Platina

Allergan
Genom

Cota Ouro

Bausch + Lomb
Latinofarma

60º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

3 a 6 de setembro | Goiânia | Goiás