Código: RC188

Área Técnica: Uveites / AIDS

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ

AUTORES

• LAIS SOUSA PORTO (Interesse Comercial:NÃO)
• Giovanna Provenzano Sá (Interesse Comercial:NÃO)
• Leonardo Gomes Bortoloti de Azevedo (Interesse Comercial:NÃO)

Título

Análise multimodal de paciente com coriorretinite placóide sifilítica: Relato de caso.

Objetivo

Relatar a análise multimodal de paciente com coriorretinite placóide sifilítica aguda.

Relato do Caso

Paciente 42 anos, sexo masculino, diagnosticado como portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV) há 3 anos, sem adesão ao tratamento antirretroviral, procurou atendimento com queixa de baixa acuidade visual e dor em ambos os olhos há três dias. O exame oftalmológico revelou acuidade visual igual a movimento de mãos em ambos os olhos (AO) e a biomicroscopia revelou traços celulares em camara anterior e células no vítreo anterior em AO. Fundo de olho (FO) evidenciou lesão placóide discretamente elevado , de coloração amarelo tênue, no polo posterior principalmente perifoveal AO. Autofluorescencia revelou áreas de hiperautofluorescência com padrão salpicado , na mácula , principalmente perifoveal em AO . Na tomografia de coerência óptica (Spectralis OCT, Heidelberg) revelou depressão foveal preservada , com a presença de elevações na camada elipsoide dos fotorreceptores na região perifoveal em AO. Frente a esses achados foram solicitados VDRL e FTA-ABS que tiveram como resultado VDRL 1/256 e FTA-ABS reativo.

Conclusão

A Sífilis ocular pode acometer qualquer parte bulbo ocular, sendo a coriorretinite placóide sifilítica forma incomum. Através da análise multimodal aliada à sorologia positiva foi possível confirmar o diagnóstico e tratar o paciente . Sendo assim, a análise multimodal contribui tanto na acurácia do diagnóstico como no entendimento do processo fisiopatológico da doença, por permitir avaliação de diferentes formas do mesmo processo patológico.