Código: RC138
Área Técnica: Retina
DISTROFIA FOVEOMACULAR VITELIFORME DO ADULTO
Descrever um caso de um paciente com Distrofia foveomacular viteliforme do adulto, caracterizando os achados típicos encontrados na retinografia, angiografia fluorescente e OCT de mácula.
V. C. A., sexo feminino, 45 anos, queixando baixa de visão em ambos os olhos. Ao exame apresenta acuidade visual com correção de 20/150 no olho direito e 20/300 no olho esquerdo. Ectoscopia e biomicroscopia sem alterações. À fundoscopia e retinografia, em ambos os olhos se observa a presença de uma lesão macular bilateral arrendondada, amarelada, sugestiva de acúmulo viteliforme. A angiofluoresceinografia demonstra um anel de hiperfluorescência por efeito em janela que rodeia uma zona de hipofluorescência. OCT demonstra imagem arredondada de alta reflectividade, elevada que afeta o epitélio pigmentar da retina e as camadas mais externas da retina neurossensorial. O eletrooculograma (EOG) e eletroretinograma (ERG) são normais.
A Distrofia Foveomacular Viteliforme do Adulto é uma distrofia genética, que se desenvolve em torno da quarta e sexta década de vida. Se caracteriza pela presença de lesões arredondadas, amareladas, bilaterais, com localização subfoveal. A clínica é bastante variável cursando geralmente com baixa da acuidade visual, podendo alguns casos serem assintomáticos. Geralmente a visão sofre deterioramento no decorrer dos anos. As provas eletrofisiológicas geralmente são normais, o que a diferencia da Doença de Best. Além disso, a fundoscopia ajuda na diferenciação, uma vez que pacientes com Doença de Best a partir dos 40 anos já não se encontrariam um aspecto viteliforme.