Sessão de Relato de Caso


Código: RC163

Área Técnica: Retina

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: CLIHON

AUTORES

  • VERENA NAIARA NOGUEIRA LIMA SOUSA (Interesse Comercial:NÃO)
  • FILIPE BARACHO SILVA (Interesse Comercial:NÃO)
  • HERMELINO DE OLIVEIRA NETO (Interesse Comercial:NÃO)

Título

OCLUSAO DE RAMO DE ARTERIA CENTRAL DA RETINA SECUNDARIO A EMBOLIZAÇAO UTERINA: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente que apresentou oclusão de ramo de artéria central da retina secundário a embolização uterina.

Relato do Caso

Paciente 40 anos, feminino, com baixa acuidade visual súbita há 2 dias em olho direito (OD). Nega patologias oculares, trauma, hipertensão e diabetes. Refere tratamento de mioma com embolização uterina há cerca de 3 semanas. Na avaliação oftalmológica, apresentava acuidade visual com correção de 20/40 em OD e 20/20 em OE. Biomicroscopia: sem alterações. PIO: OD 20 mmHg; OE 18mmHg. Fundoscopia: OD com palidez na arcada temporal superior e próximo ao disco óptico, acometendo mácula; OE sem alterações. A angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica evidenciaram oclusão de ramo de artéria temporal superior. Realizou investigação com exames de imagem e laboratoriais para doenças sistêmicas, que foram normais.

Conclusão

Oclusão de ramo de artéria central da retina (ORACR) ocorre com maior frequência em pacientes idosos do sexo masculino, portadores de doenças sistêmicas como hipertensão arterial sistêmica e arteriosclerose. Uma das principais causas é a embolia proveniente de depósitos ateroscleróticos das carótidas e são raramente associados a procedimentos de radiologia intervencionista. A embolização uterina é um procedimento minimamente invasivo com baixo risco de complicações. As mais frequentes são reações alérgicas, febre, hemorragia e sangramento vaginal. Outras complicações incluem dor, infecção e raramente septicemia e tromboflebite das veias pélvicas, por vezes associada à embolia pulmonar. No entanto, esse tipo de complicação é mais comum em miomas grandes e também relacionados com a técnica utilizada e acesso vascular. Geralmente, ORACR apresenta prognóstico visual bom e a maioria evolui com melhora da AV sem tratamento, sendo necessário acompanhamento clínico a cada 3-6 meses para monitorar a progressão.


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