Código: RC071

Área Técnica: Neuroftalmologia

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

• Principal: IOR

AUTORES

• ISIS DANTAS VALVERDE (Interesse Comercial:NÃO)
• Artur Lins Tenório (Interesse Comercial:NÃO)
• Marisa Kattah (Interesse Comercial:NÃO)

Título

O COMPROMETIMENTO OCULAR COMO SINAL INICIAL DA ESCLEROSE MULTIPLA.

Objetivo

Relatar um caso de esclerose múltipla que teve como sintoma inicial a diplopia e diminuição da visão monocular do olho direito.

Relato do Caso

JBL, mulher, 34 anos, sem antecedentes familiares para EM , queixa-se de diplopia e diminuição aguda da visão monocular em olho direito há 1 mês.Além disso, relata fenômenos visuais positivos caracterizados por pequenos clarões e a presença de desconforto ocular e ao redor dos olhos. Ao Exame, apresenta ET/ET’, biomicroscopia sem alterações significativas e no fundo de olho disco óptico levemente hipocorado mais na região temporal, em ambos os olhos. Traz resultado de ressonância magnética de crânio e coluna cérvico- dorsal, que indicava varias lesões no parênquima encefálico, sem realce pelo contraste, sugestivas de substrato desmielinizante. A Neuroftalmologia solicitou a realização da punção lombar e pulsoterapia. Ao retornar para Neuroftalmologia, após realizar a pulsoterapia por 5 dias e 10 sessões na ortóptica, não apresentava mais as queixas de diplopia e não tinha mais a esotropia.Como estava grávida e da melhora do quadro não houve prescrição de corticóide pela neuroftalmologista, que preferiu aquardar a conduta do neurologista e o resultado de novos exames de ressonância de crânio e estudo do LCR. Com um intervalo de um ano, retorna para o setor da Neuroftalmologia, trazendo nova ressonância de crânio que evidencia a estabilização das lesões.Além disso, o quadro oftalmológico estava estabilizado e o neurologista tinha prescrito beta- interferon semanal.

Conclusão

A oftalmoplegia internuclear é a causa mais comum de anormalidades da movimentação ocular e de diplopia na EM.Os achados oculares são muitas vezes a primeira manifestação da doença, sendo importante o conhecimento desta associação para um diagnóstico precoce, melhorando assim o prognóstico dos pacientes.