Sessão de Relato de Caso


Código: RC145

Área Técnica: Retina

INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O TRABALHO

  • Principal: VISÃO INSTITUTOS

AUTORES

  • GABRIEL SCOTTA SILVA CENDRON (Interesse Comercial:NÃO)
  • KIM PEREIRA PRIMO REIS (Interesse Comercial:NÃO)
  • RAFAEL EIDI YAMAMOTO (Interesse Comercial:NÃO)

Título

GLAUCOMA NEOVASCULAR SECUNDARIO A SINDROME OCULAR ISQUEMICA

Objetivo

Relatar um caso de glaucoma neovascular secundário a Síndrome ocular isquêmica.

Relato do Caso

Paciente de sexo feminino, parda, 52 anos, compareceu ao pronto socorro com queixa de dor, fotofobia,cefaléia temporal unilateral direita e baixa de acuidade visual progressiva em olho direito após acidente vascular cerebral.Como comorbidades, apresentava hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo II, dislipidemia e artrite reumatóide. Havia sido submetida à cirurgia de endarterectomia da carótida direita há 06 meses antes do ocorrido.No exame oftalmológico, a paciente apresentava acuidade visual(AV)com correção de conta dedos (CD) em olho direito(OD)e 20/25 em olho esquerdo (OE). Reflexos pupilares com defeito pupilar aferente em OD. No exame biomicroscópico,havia catarata em ambos os olhos e o OD apresentava flare, reação de câmara anterior, média midríase e neovasos de íris.Gonioscopia com ângulo fechado em todos os quadrantes devido a neovascularização de íris,com pequena faixa de visualização do esporão escleral em OD. Pressão intraocular (PIO) de 30 mmHg em OD e 14 mmHg em OE. Oftalmoscopia binocular indireta com exsudatos algodonosos ao longo das arcadas, microaneurismas e microhemorragias periféricas em OD e engurgitamento venular e estreitamento arteriolar em OE.A retinografia fluorescente corroborou o processo isquêmico, evidenciando áreas difusas de hipofluorescência devido a não perfusão retiniana.A paciente realizou panfotocoagulação retiniana com laser de argônio em OD evoluindo com AV de CD em OD com PIO = 28 mmHg utilizando brinzolamida e maleato de timolol.

Conclusão

A síndrome ocular isquêmica são alterações oculares provocadas pela obstrução da artéria carótida interna ipsilateral (1). A faixa etária mais afetada é a partir da sétima década de vida e costuma estar associada ao diabetes, hipertensão e doenças cardíacas e cerebrovasculares (2). A mortalidade nesse grupo é de 40% quando associada a patalogias cardíacas. (2). As alterações oculares ocorrem tanto no segmento anterior quanto posterior. O tratamento é a endarterectomia.


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